quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Inesquecível Homenagem a Heitor Villa Lobos

Este mês foi marcado pelo quinquagésimo aniversário de morte de um dos maiores compositores e expoentes da música erudita brasileira no mundo; Heitor Villa lobos. Muitas foram as homenagens prestadas a este músico inesquecível não só no Brasil como em países dos vários lados do hemisfério.

Portugal, neste fim de semana, teve a oportunidade de receber o duo brasileiro de violões Saraiva-Murray que veio ao país acompanhar a cantora portuguesa Susana Travassos em dois concertos, sexta e sábado últimos, em Portimão, no Teatro TEMPO e no Clube de Tavira; lugares que fizeram parte da infância da intérprete, que nasceu e viveu em Vila Real de Santo Antônio, Algarve, até os 18 anos.

O concerto em homenagem ao mestre brasileiro, contou, na primeira parte, com músicas como Melodia Sentimental, Bachianas nº5, Veleiros e Modinha reinterpretadas maestralmente pelos violonistas e, no segundo momento, com canções autorais de Chico Saraiva em parceria com letristas brasileiros como Makely Ka, Luis Tatit, Paulo César Pinheiro e Luis Felipe Gama e Brisa Marques, que estava presente e também subiu ao palco, a convite da intérprete para recitar um poema do seu recente livro lançado na cidade do Porto: Entre as veias de fato.

Susana Travassos, além da bela voz, apresentou-se ao público também como compositora e deu um show à parte mostrando a todos que estavam presentes o poder do sotaque português num perfeito diálogo com canções reconhecidas como referência da identidade brasileira. “Foi muito bom conhecer a Susana porque, com ela, encontramos fortes laços portugueses na canção de Villa Lobos, que é tido como um grande defensor dos traços nacionalistas brasileiros em sua obra”, frisou Chico Saraiva.

Para Susana, foi um desafio. “Uma das coisas mais difíceis que já fiz e, ao mesmo tempo, uma experiência muito boa em termos vocais e pra alma também. Villa Lobos me fez descobrir outros lugares na voz. E trabalhar com o duo foi maravilhoso. Tivemos uma ligação forte e eles foram muito generosos. Espero que façamos muitas coisas juntos e que daqui saiam muitos projetos”.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

VP PRODUCÕES NA WOMEX 2009


“Diversidade, encontro e paixão pela música”. Estas foram as principais premissas apresentadas pelos programadores de um dos maiores festivais de World Music do mundo para definir esta feira tão esperada (ou inesperada, não sabemos) que acontece em Copenhagen, entre os dias 28 de outubro a 01 de novembro.
Pelo que pude perceber nestes dois dias, a Womex tem por objetivos primeiros promover e difundir a música de muitos, todos ou quaisquer lugares do planeta. Muitos artistas, produtores e interessados em música em todas as suas formas tentando fazer articulações, cooperações e trocas de experiências.
Lugar de encontro entre pessoas, convivência, muitos stands. Enfim, o espaço onde acontece a feira é efectivamente este onde se vê gente de todo tipo e com interesses variados que acabam por chegar todos ao mesmo fim. É nesse clima também que, todos os dias, após muito trabalho, acontecem as exibições, “improvisos” ou showcases dos muitos artistas convidados.
Seminários discutindo o mercado cultural, as formas artísticas e muitos discursos na tentativa de encontrar alternativas para se sobreviver de música em meio ao atual contexto político, social e económico de crise mundial (em todos os sentidos) .
É verdade, não muitas pessoas podem participar. A inscrição mais barata gira em torno de 230 euros, o que torna a feira acessível a poucos. Logo, é importante que estes poucos possam democratizar as informações visando valorizar a arte em primeiro lugar, difundir e promover substancialmente o ser humano bem como abrir suas mentes, olhos e ouvidos para a música do mundo.
A vantagem de se realizar a Womex em determinado país é a promoção prática e viva do som daquele lugar por todos os participantes. Caso, agora, da música nórdica aqui em Copenhagen. Nas próximas edições desse corrido diário on-line, mais informações concretas sobre novas bandas, pessoas e, obvio, música.
Mãos a obra.

Brisa Marques